E os novos vereadores?

Foi aprovada a PEC dos vereadores. Fica difícil querer entender o que acontece, porque acontece e o que a gente deve esperar dos nossos representantes. Sou de uma cidade do interior de São Paulo com cerca de quarenta mil habitantes e que tem hoje o número de nove vereadores e pode ir até para quinze. Por que? o que farão mais seis vereadores em uma cidade desse tamanho. Reunião uma vez por semana, a maioria faz parte da "base de apoio" do prefeito e votam o que interessa a ele e nem sempre, estou sendo bondoso, para os habitantes. Li no jornal virtual de lá que um vereador propos um voto de pesar pelo falecimento do pai do prefeito de São Paulo. Voto de pesar é justo, dentro do espírito de bons modos das pessoas e dos vereadores. Mas e dai? mesmo que fosse o pai do presidente da Republica. Então, é só uma notinha da falta de assunto dos nossos edis e ainda precisa de mais?

Cidadania do lixo das ruas

São Paulo é quase "inadministrável" em muitos setores, do trasporte ao lixo. A prefeitura cortou em vinte por cento o orçamento da varrição das ruas e a cidade ficou mais suja. O que acho curioso é o fato de centenas de pessoas criticarem a prefeitura pela sujeira, o que estão certos, já que a prefeitura é a responsável. Agora uma perguntinha: será que muitos dos que criticam também não tem a sua parte de culpa no cartório, não jogam, mesmo que seja um papel de bala, nas ruas?. O lixo que reclamam é o que os garis que fazem a limpeza das ruas estão deixando. Então se cada um faz a sua parte vai diminuir em muito o lixo das ruas. Ai é ser por demais confiante. Mas como a esperança é a última que morre...

Cidadania do aluno e do pai

Foi preciso decreto, antes do governo estadual e agora do municipal, proibindo o uso de celulares em sala de aula por parte dos alunos para que possa haver uma "certa ordem" nas salas de aula. Hoje, e principalmente, nos colégios frequentados pela classe média e até nas "periferias" é totalmente normal que as "crianças" tenham celular. O mau uso como sempre é que atrapalha e os professores já indefesos continuam sem nenhuma condição de enfrentar as feras. Começa pelos pais aa falta de orientação pois muitos telefonam para os filhos durante a aula e ai o professor é que tem que aguardar e esperar. É de pequeno que se molda o pepino como diz o ditado popular

Cidadania do poder

É sempre assim: um poderoso, principalmente na politica, poderoso para ele evidente, sempre que sofre uma acusação vem sempre com a decoreba de que é perseguição, não deve nada, que são interesses de outros em destrui-los e outras aberrações. Aquele famoso deputado federal de um estado do norte, que também era policial, quando foi feita a denuncia que, entre tantas atrocidades, serrava seus inimigos, sim serrar no sentido de serrar uma madeira, defendeu-se dizendo que era persegujição politica. Ontem a governadora do Rio Grande do Sul, quando teve um pedido de impeachement aceito pela Assembléia, lançou nota dizendo que isto é uma ofensa ao povo do seu estado e que "ficaria muito mal" com repercussões negativas não só no Brasil e também no exterior. Ela recebe denuncias praticamente desde o primeiro dia de mandato e tem nome, pertence a um partido de poderosos e ninguém ia lançar ofensas pessoais sem qualque base. Não é uma conversa de boteco onde um ofende o outro sem provas e este outro muitas vezes não tem como se defender via judicial pois não tem condições. Se ela não deve não deve temer.

Cidadania da fila

É uma coisa talvez de velho e bem pessoal, apenas que atinge a individualidade e é um reflexo coletivo. É uma fila de banco, supermercado, padaria ou o que for e sempre tem alguém reclamando, falando alto e outras. Quando a fila é em órgão público então a conversa fica mais "ativa" e muitas vezes com razão, pois afinal "estamos pagando" e é preciso considerar que não leva a nada encarar o funcionário e dizer "eu é que pago o seu salário", pois isso é apenas uma forma de desabafo e deixar de lado os responsa´veis pela situação. Existem diversas formas de manifestação, de protesto e, enfim, de fazer valer seus direitos. Ontgem estava na fila do supermercado, antes das oito da manhã, e a fila "até vinte volumes" não andava. Não demorou nada para uma senhora reclamar, e eu disse que não deveriamos stressar logo de manhã, ao que ela respondeu que estava com pressa. Disse a ela que naquele momento no supermercado noventa e cinco das pessoas estavam com pressa e não ia resolver muito ela ficar falando, pois o da frente vai concordar, passar para o outro e fica um redemoinho. Ela ficou quieta e só me dei ao trabalho de responder e "nunca de longe dar lição de moral" pois ela é que havia em primeiro lugar falado comigo

Cidadania do protesto

Aconteceu de novo. Uma jovem foi baleada e morta em uma perseguição policial e, mais uma vez, ou sempre, perto de uma favela. Os fugitivos poderiam estar se dirigindo à favela. Tem que haver protesto sim, manifestação toda vez que a população ou alguém individualmente se seinta atingido por falha dos governantes. Ouvi pelo rádio que as pessoas que participaram do protesto receberam cestas básicas para isso. É o que gostaria de entender quando destas manifestações e existem no dia a dia situações em que também haverá necessidade de manifestação. O qaue tenho dificuldade para entender é porque só em casos em que parece haver interesse de outros. Tenho dificuldade para entender o que leva as pessoas a colocar fogo em onibus que são o seu meio de transporte no dia a dia. Se, efetivamente comprovada, estas manifestações são "sugeridas" por quem tem o poder do mando posso ter a certeza que estas pessoas não usam o transporte coletivo, "um dever do estado e um direito do cidadão".