30 agosto 2007

Cidadania das diferenças

Vou comentar, pela primeira vêz, um assunto policial e, acho que é importante dentro do tema da cidadania, das diferentes cidadanias, dos diferentes cidadãos ou simplesmente da cidadania das diferenças. Em 2004 o Promotor de Justiça Thales Ferri Schoedl, matou a tiros um jovem e feriu outro.
Ontem o Colégio de Procuradores do Ministério Público decidiu que permancerá no cargo e será julgado em foro privilegiado que é o Tribunal de Justiça e não, como todos os mortais brasileiros, pelo Tribunal do Juri. Sem entrar em detalhes do crime, sem querer fazer julgamento mas porque o tratamento especial?, observe-se que mesmo antes da decisão continuou recebendo normalmente e sempre livre o seu “salário” que é de R$ 10.500,00. Vai assumir suas funções na cidade de Jales.
Vai dar para confiar no seu trabalho?. Fica difícil de acreditar na Justiça e, entre milhares de fatos, lembro de uma matéria na televisão em que um senhor foi tirar documentos na Policia e lá encontraram um mandado de prisão com o nome deste senhor. Não conferiram documentos e mandaram para a prisão. Detalhe: o condenado era branco e o nosso amigo era preto. A mulher que trabalhava como doméstica foi despedida quando a patroa ficou sabendo da prisão do marido, a vizinhança a olhar com “olhos” estranhos e os filhos passando fome. Quando finalmente conseguiu a liberdade, graças a alguém que pagou um advogado, perguntado o que queria respondeu -”Só quero morrer”. Na prisão foi maltradado, violentado fisica e moralmente. Para ele, pobre e negro, a Justiça foi rápida, e para o promotor, joverm, rico e branco?.

29 agosto 2007

A saúde e os estudantes de medicina.

Vejam as notas da coluna da Monica Bergamo e cada um com a sua opinião.

FAÇA O QUE EU DIGO
Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer revela que é alto o índice de fumantes entre os estudantes da área da saúde. Foram entrevistados 3.189 alunos de medicina, enfermagem, odontologia e farmácia em várias capitais. No Rio, por exemplo, 16,5% dos estudantes de medicina são fumantes e 37,2% disseram fumar dentro da universidade.

PROIBIDO?
A pesquisa mostra que os estudantes desconhecem as leis que proíbem o fumo em ambientes fechados. Em Florianópolis, a maioria dos alunos de medicina (76,8%), enfermagem (66,7%), odonto (75,3%) e farmácia (74,3%) disse ser permitido fumar em discotecas e casas de show. E apenas 5% dos futuros médicos sabem que é proibido fumar em bares.

28 agosto 2007

Cidadania da preservação

Não acho e, não posso achar, que todos os políticos "não prestam" pois afinal de contas a parcela dos mal intencionados é pequena em qualquer empresa, família, administração pública e outros setores. Infelizmente existem, vão existir sempre e em qualquer parte do mundo, e os seus atos negativos prevalecem em comparação com os atos positivos. Na cidade de São Paulo existe o CONPRESP, conselho municipal do património histórico, encarregado do tombamento e preservação dos bens culturais que tem garantida autonomia para tal. Eis que agora os valorosos edis resolveram mudar as atribuições do Conselho e serão eles os responsáveis pela política de escolha dos locais a serem preservados. Como se já não tivessem tantos projetos de interesse da cidade parados há muitos anos e sem votação. São ágeis na votação de nomes para ruas e logradouros. Parece estar bem claro a influência das grandes construtoras e ai posso achar que a parcela dos mal intencionados está bem ativa.
Publico um artigo assinado por Lúcio Gomes Machado que é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, especial para a Folha de São Paulo.


Não contem para o Mário!

São Paulo tem o privilégio de contar com os maiores centros de pesquisa e produção científica, as melhores universidades, os mais importantes conglomerados industriais, comerciais e financeiros do país.
Boa parte desse tesouro foi construída no último século, deixando marcos para sua memória. Não são somente de alguns locais onde ocorreram fatos marcantes de nossa história local ou nacional, mas, sobretudo, marcos desse excepcional desenvolvimento e dos atorescoletivamente, integrando migrantes e imigrantes, numa experiência única de convivência solidária.
Há cerca de 70 anos, Mário de Andrade, deixando de lado sua pequena renda de professor de música, aceita o convite para, ganhando ainda menos, organizar o Departamento de Cultura do Município de São Paulo, no governo de Fábio Prado. Ao lado de intelectuais do porte de Paulo Duarte e Sergio Milliet, traçaria as linhas fundamentais para o entendimento do papel da cultura para formulação das políticas de governo, entre as quais a preservação do patrimônio e da produção artística se destacam.
Arte, história e patrimônio não eram para ele categorias isoladas. Tampouco deveriam centrar-se na produção importada, embora dominasse o que se fazia na Europa. Ao contrário, a produção artística vernacular, os artistas locais e a arquitetura que abrigara o trabalho rural ou urbano eram suas preocupações primordiais.
Espanta ver que, no século 21, personalidades políticas e empresariais, do alto de sua soberba e de sua ignorância, venham dizer que antigos edifícios industriais nada têm de "histórico" ou que a verticalização no entorno de parques ou de bens tombados significa o "progresso". Alegam que imóveis com propostas para verticalização foram comprados a peso de ouro, em razão de sua localização. Mas silenciam sobre qualquer contribuição que tenham feito para a valorização ou a preservação desses monumentos e parques, simplesmente porque nunca o fizeram.
Prosper Merimée, recém-nomeado o primeiro Inspetor dos Monumentos Franceses (1834), dizia que sua função fundamental era "gritar no meio da selvageria". Pois foi o que fez o Conpresp, cumprindo suas funções, com o apoio de instituições como a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e diversas entidades de "amigos de bairros".
O prefeito Kassab também tem cumprido seu dever de defender a qualidade da ambiência urbana, sobretudo com o programa da Cidade Limpa.
Falta agora dar passos mais ousados com a valorização de nosso pequeníssimo acervo de edifícios significativos e de parques públicos, além da promoção da produção artística e arquitetônica de qualidade.
Mas, por favor, não contem para o Mário sobre a barbárie que representa o projeto de lei aprovado pela Câmara, que a troco de interesses baixos e mesquinhos, na prática, extingue o Conpresp.
que o tornaram possível, individual ou



22 agosto 2007

Mestre adolescente

Mais um exemplo

GILBERTO DIMENSTEIN

A ADOLESCENTE GREICY KARLA DE FARIA já sabe o que fazer da sua vida profissional: ser professora. Antes de entrar na faculdade, ela entrou involuntariamente em um curso prático sobre como salvar uma escola em estado terminal -e dessa lição sai como uma professora precoce.
Ameaçada de fechamento, a escola pública em que ela estuda arrastava-se numa crise, visível por todos os cantos: alunos em debandada, paredes sujas, desânimo dos professores. Salas de aula vinham sendo entulhadas com material de arquivo. "Eu já estava procurando outro lugar para estudar", conta Greicy. No começo deste ano, integrou um grupo de alunos, ex-alunos, pais e professores dispostos a fazer uma última tentativa para evitar o fechamento da escola estadual Carlos Maximiliano (mais conhecida como Max), em Pinheiros (zona oeste de São Paulo). "Parecia uma causa perdida. A cada dia, mais espaço era tomado para servir de depósito."

Saíram batendo de porta em porta à procura de ajuda por todos os lados -assim, quem sabe, conteriam a debandada dos alunos. Um dos primeiros gestos foi, em mutirão, pintar os muros com cores fortes e alegres. Professores se dispuseram a criar um plantão de dúvidas para recuperar os alunos em português e matemática. Jovens aceitaram ler textos clássicos adaptados ao cotidiano. Especialistas em comunicação montaram programas para o laboratório de informática. Nas salas vazias, ocorrerão agora oficinas de cinema, de dança e de "customização" de roupas. Com doações, um galpão usado como depósito está sendo reformado e se transformará em um teatro também aberto à comunidade. Atores poderão usá-lo desde que façam do palco uma extensão da sala de aula e ajudem a enriquecer o currículo tradicional. Uma orquestra jovem de música erudita já avisou que fará, naquele teatro, concertos abertos para estimular a descoberta de talentos.


Ainda não se sabe se todo esse esforço vai surtir efeito, se os alunos voltarão e, mesmo que voltem, se haverá melhoria de desempenho. Mas, diante de todo esse esforço, a secretária estadual da Educação mandou avisar, no mês passado, que não há intenção de fechar o Max. "Mudou nosso ânimo." Além do ânimo, melhorou a perspectiva de Greicy. Ela foi seduzida pela idéia de ser professora quando, nas férias, deu oficinas de arte a alunos de escolas públicas e, depois, foi monitora em um programa de circo. Com o Max, aprendeu a dar vida a uma escola, misturando os currículos com os saberes locais -é algo que muita gente com pós-graduação só conhece pelos livros.

O melhor estímulo, porém, foi bem mais concreto. Um empresário soube do envolvimento de Greicy no grupo que salvava a escola e ofereceu-lhe uma bolsa para estudar pedagogia.

14 agosto 2007

O que fazer quando....

O que fazer quando...

o cidadão está passando pela faixa de pedestre, que é sua e o sinal está verde, e o motorista avança sem qualquer respeito...; quando o motorista da frente dá passagem para o pedestre e o de tráz "solta a mão na buzina...; quando, por qualquer motivo, o trânsito para, um motorista toca a buzina e todos os que estão atráz também o fazem...; quando o motorista buzina, ofende o pedestre e no carro estão mulher e filhos, estes principalmente assistindo a "aula cívica" do pai...; quando as pessoas "saem" do trem do metrô pela e pára impedindo a entrada de outros...; quando na porta do ônibus e do metrô o passageiro fica na frente e impede a saida de quem vai descer...; quando ônibus e metrô estão com os bancos ocupados por crianças e as mães e pais deixam idosos de pé...; quando está na fila para entra no ônibus ou metrô e um "esperto" entra na frente...

08 agosto 2007

Cidadania da sacola de plástico.

Entre as diversas discussões que envolvem cidadania e meio ambiente parece que a do uso de sacolas plásticas em supermercados, padarias e feiras livres, entre outros estabelecimentos, entra no aspecto mais prático (sem qualquer brincadeirinha). Várias entidades procuram incentivar que o consumidor leve às compras sua própria sacola, que pode ser de pano, de lona ou de outro material reciclável. A Prefeitura de São Paulo vai lançar uma campanha para que o paulistano reduza o uso das sacolas plásticas. Evidente que não é apenas por "decreto", ou mesmo sugestão, que o objetivo será atingido mas o cidadão precisa ter a consciência, junto com os filhos, da necessidade de se "auto contribuir".